Polineuropatia progressiva de início precoce (gene NDRG1, Malamute-do-Alaska)

A polineuropatia progressiva de início precoce caracteriza-se por uma disfunção dos nervos motores e sensoriais, que pode afetar os movimentos, a respiração ou outras funções vitais do cão. Um dos genes envolvidos na doença é o NDRG1.

Sintomas

Os sintomas clínicos aparecem precocemente, entre os 3 e os 19 meses de idade. Os primeiros sinais da doença incluem intolerância ao exercício, uma vez que podem ocorrer tremores ou colapso após o exercício, movimentos anormais da marcha e fraqueza simétrica dos membros posteriores. Outros sintomas que podem surgir mais tarde incluem ataxia, problemas vocais, atrofia muscular grave, incapacidade de subir escadas ou saltar, hiporreflexia, dificuldade em engolir e problemas respiratórios.

Gestão da doença

Atualmente, não existe tratamento para esta doença. No entanto, a fisioterapia e a criação de um ambiente seguro e confortável para o cão são duas medidas benéficas que ajudam a melhorar a qualidade de vida do cão.

Base genética

Esta doença segue um modo de hereditariedade autossómica recessiva, o que significa que o cão, independentemente do sexo, tem de receber duas cópias da mutação ou variante patogénica para estar em risco de desenvolver a doença. Ambos os pais de um cão afetado devem ser portadores de pelo menos uma cópia da mutação. Os animais portadores de apenas uma cópia da mutação não correm um risco acrescido de desenvolver a doença, mas podem transmitir a mutação às gerações futuras. Não se recomenda o cruzamento entre cães portadores de variantes genéticas que possam causar doença, mesmo que não apresentem sintomas.

Relatório técnico

A função do gene NDRG1 em cães não é conhecida com exatidão, mas alguns estudos afirmam que desempenha um papel na mielinização, maturação e manutenção do neurónio. Da mesma forma, o estudo de Bruun et al. (2013), que identificou uma mutação causal para a polineuropatia progressiva de início precoce no Malamute do Alasca, também descobriu que o gene NDRG1 é essencial no desenvolvimento e manutenção do axónio. A variante identificada como causal é uma substituição não sinónima (c.293G>T) no exão 4, que faz com que um resíduo de glicina seja substituído por um resíduo de valina (p.G98V). Estas alterações provocam uma redução acentuada (70%) da expressão da proteína codificada pela NDRG1. Os cães afectados produzem, portanto, níveis muito baixos de proteína, o que resulta no fenótipo aqui descrito, a polineuropatia progressiva de início precoce.

As raças mais afectadas

  • Malamute do Alasca

Bibliografia

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